quinta-feira, 24 de setembro de 2009

G1 > Economia e Negócios - NOTÍCIAS - No Rio e em São Paulo, adesão à greve é parcial

G1 > Economia e Negócios - NOTÍCIAS - No Rio e em São Paulo, adesão à greve é parcial: "No Rio e em São Paulo, adesão à greve é parcial

Sindicato anunciou paralisação dos bancários a partir desta quinta.
G1 percorreu agências das duas capitais durante a manhã.

Do G1, no Rio e em São Paulo

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No primeiro dia da greve dos bancários anunciada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), a adesão era apenas parcial em alguns pontos do Rio de Janeiro e de São Paulo nesta quinta-feira (24).


O G1 percorreu, entre as 10h e 12h desta manhã, agências bancárias da Avenida Paulista e da Vila Mariana.



Na Rua Boa Vista, região no centro da capital paulista que concentra grande quantidade de bancos, todos as cinco agências bancárias que o G1 visitou estavam fechadas.


Foto: Érica Polo
Agência no centro de São Paulo fechada pela greve nesta quinta. (Foto: Érica Polo)

Três agências localizadas na Rua XV de Novembro, também no centro da capital paulista, estavam fechadas.



Na Avenida Paulista, apenas quatro de 12 agências visitadas pela reportagem estavam fechadas por volta das 10h30. Em algumas delas, representantes do sindicato tentam convencer funcionários a aderir à paralisação.

Já nas ruas da Vila Mariana, a reportagem passou por oito agências bancárias no mesmo período, e todas estavam abertas.


Foto: Érica Polo/G1
Em algumas agências, apenas os caixas eletrônicos estavam abertos. ( (Foto: Érica Polo/G1)

No Rio, foram 13 bancos visitados por volta das 10h30 e 11h30. Destes, sete estavam fechados: três na zona sul e quatro no centro da cidade.



O office boy Edmilson Douglas tentou pagar uma conta no Banco do Brasil da Rua México, mas encontrou o banco fechado. 'Isso vai prejudicar muito a empresa em que eu trabalho. Vou tentar outros bancos poraqui, mas já vi que tá quase tudo fechado.



Ampliar Foto Foto: Cristina Boeckel/G1 Foto: Cristina Boeckel/G1
Agência na Rua México, no Centro, está fechada por causa da greve dos bancários (Foto: Cristina Boeckel/G1)



Paralisação

Os bancários de todo o país anunciaram greve a partir desta quinta, seguno a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf).



A decisão foi tomada em assembleias realizadas pelos bancários nesta quarta-feira à noite em todas as capitais e no Distrito Federal, e na grande maioria das bases sindicais do interior.



De acordo com a entidade, os trabalhadores têm as seguintes reivindicações: aumento real de salário, maior participação nos lucros, valorização dos pisos salariais, garantia de emprego, mais saúde e melhores condições de trabalho.



“É inadmissível que os bancos, com seus altos lucros e com o pagamento de bônus milionários a seus executivos, queiram reduzir os salários e a participação nos lucros dos bancários', diz Carlos Cordeiro, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.



Negociações

De acordo com a Contraf, a decisão pela greve foi tomada depois que foi rejeitada a oferta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste salarial de 4,5%, que repõe as perdas somente com a inflação dos últimos 12 meses.



A categoria foi orientada pelo Comando Nacional dos Bancários a rejeitar a proposta e decidir pela greve.



'A nossa pauta de reivindicações foi entregue aos bancos no dia 10 de agosto e, após mais de um mês de negociações, eles fizeram uma proposta rebaixada, que apenas repõe a inflação, diminui o valor da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e ignora as outras demandas', afirma Carlos Cordeiro, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) e coordenador do Comando Nacional.



Na avaliação do sindicalista, trata-se de uma postura inaceitável para o setor 'que obteve os maiores lucros de toda a economia brasileira no primeiro semestre e alcançou a maior rentabilidade de todo o sistema bancário das Américas'.

Na quarta-feira, o diretor de Negociações Trabalhistas da Fenaban, Magnus Apostólico, disse que 'a declaração de greve dos bancários é completamente indevida'.



'É muito esquisito que eles recebam uma proposta, mandem um comunicado por e-mail dizendo que o comando recusou a proposta e marquem greve. A negociação está aberta, não foi fechada, não houve impasse', argumentou.



'O que esperamos é que eles apresentem uma contraproposta a isso que nós apresentamos.



(Com informações da Agência Estado)"

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